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Como assistir aos cultos à distância

Seguindo a orientação da igreja, domingo fiquei em casa porque estou com sintomas fortes de gripe. Falei com o meu médico (à distância), que me orientou quanto ao tratamento, e fiquei de repouso desde então. Com muitas dores no corpo, eu estava de cama, mas não iríamos deixar de acompanhar a reunião pela internet, como sempre fazemos quando não conseguimos ir. Não é a mesma coisa de ir presencialmente, já que na igreja há todo um ambiente propício ao foco que não conseguimos ter em casa normalmente. Por isso, é importante saber como assistir aos cultos em casa, para ter melhor aproveitamento.

Fizemos nosso kit logo cedo: Univer aberto no computador, Bíblia, caderninho de notas, caneta, garrafa de água, suco de uva e pão consagrados para a Santa Ceia improvisada e celular para fazer nossa oferta via aplicativo. O segredo está em agir em casa como se estivesse na igreja: em silêncio, com a Bíblia, celular desligado (ou no silencioso), porta fechada (trancada, se for o caso) e atenção total. 

Se for possível, é legal separar uns minutinhos antes da reunião para já se desligar de todas as outras coisas e se preparar para o culto. Ore, pedindo a Deus que fale com você, se coloque à disposição para ouvir. Coloque uma música instrumental, como as que tocam no Templo (as músicas da dupla norueguesa Secret Garden, por exemplo) ou uma música meditativa, como “Nada Mais”, da banda Universos, tocando baixinho, como fundo, e fique lendo a Bíblia ou um livro da igreja, meditando no que está escrito, até a reunião começar. 

 Lembre-se: você está na igreja. Então não atenda ao telefone e ignore notificações. E esqueça o computador, esqueça a internet, esqueça todas as outras coisas, como se você não estivesse em casa. As pessoas estão acostumadas a fazer mil coisas enquanto veem vídeos no youtube. Culto não é Youtube. Separe essas duas horinhas do dia exclusivamente para Deus e demonstre respeito. 

O Bispo começou a orar, feche os olhos e ore também. Pediu para levantar a garrafa de água, levante a garrafa de água. Pediu para colocar as mãos na cabeça, coloque as mãos na cabeça. E por aí vai. Mantenha concentração total no que estiver sendo dito. Se puder cantar enquanto as pessoas estiverem cantando, cante. Se não puder, cante em pensamento. Mas se transporte para a reunião, esteja na igreja em espírito. Se não puder fazer barulho por causa da família, coloque fones de ouvido e se feche no seu mundo (ou no banheiro).

É sempre bom lembrar: se você quer participar do culto, então sacrifique sua vontade de olhar o Instagram. Se estiver assistindo pelo Facebook, não fique comentando (você está na igreja, lembra?) e não olhe outras coisas. Se quiser comentar, deixe para o final da reunião. Desligue o messenger, abra o vídeo em tela cheia e não permita que nada tire sua atenção do que estiver sendo dito. Lembre-se do que o Bispo sempre ensina: a hora da Palavra é a mais importante da reunião. Então, foco total. No meu caso, eu preciso anotar tudo o que é dito, porque, como penso exclusivamente com palavras (sem imagens) escrever é parte importante do meu processo de registro de memória. Então, anoto os pontos principais e as referências bíblicas para relembrar depois. Quando o Bispo chama os casais à frente, abraço meu marido como se estivéssemos na frente do Altar, e oramos juntos na oração para os casais.

Na hora da oferta, faça suas ofertas e cumpra seus votos como faria normalmente, mas por meio do aplicativo da igreja ou por transferência bancária (só para a conta que aparece no vídeo durante a hora da oferta, obviamente). Se tiver dízimo a devolver, pode fazer isso da mesma forma. O momento da oferta faz parte do culto (é uma parte essencial), então continue agindo com temor, e não como se fosse um intervalo. 

O importante é ter em mente que você está na igreja, assistindo à reunião e que o local em que você está agora é santo. Tenha temor e reverência, creia que Deus está ali com você e busque a Ele de todo o coração, porque Ele promete que se deixará achar. Se você estiver nessa fé, pode ter certeza de que a experiência será magnífica. Faça assim e volte aqui para contar!

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PS1. Sobre o vírus que peguei: o nível da dor no corpo que tive (parecia dor nos ossos) e a frequência de Aedes Aegypti na região em que eu moro me levam a desconfiar mais de algum vírus trazido por ele do que de Covid-19, mas vá explicar isso para o coleguinha assustado enquanto você tosse. 

PS2. O vírus também atacou a rinite e a sinusite, então eles fizeram uma convenção dos sintomas respiratórios e resolveram confraternizar enquanto meu pobre sistema imunológico tentava entender o que estava acontecendo. Ainda estou com sintomas e faço parte do “grupo de risco” das pessoas com sistema imunológico maluco. Então, parece que terei de ficar em isolamento por mais tempo do que gostaria. Graças a Deus pelo Univer! Vale muito a pena.

PS3. Assim que eu conseguir concluir, vou postar aqui um texto que estou escrevendo sobre o Coronavírus, para ajudar a esclarecer de uma vez por todas quem ainda está sem saber o que pensar e o que fazer.

PS4. Também posso escrever sobre o isolamento e como agir, as questões principais a respeito do isolamento social, que parece estar pegando forte nas pessoas, mas que, para mim, é minha realidade há alguns anos. Além disso, trabalhei em home office por muitos anos e talvez tenha algo a ajudar nessa questão também. 

PS5. Parece que as reuniões também estão sendo transmitidas pelo canal 21, o que deixou minha mãe extremamente feliz (ela não tem internet, como muitas outras pessoas mais velhas que tiveram que ficar em isolamento compulsório). E também pelo Facebook do Bispo Macedo. Aliás, pessoal do isolamento: vamos nos manter ligados nas redes sociais da igreja para a gente não perder qualquer notícia, novidade ou comunicado importante.

A fé é uma decisão

Ando bem cansada fisicamente, e a cabeça funciona à prestação, então levo uma semana para completar um dia. É chatinho, mas tive uma virose no mês passado e o processo de recuperação é mais lento. A virose já se foi faz tempo, agora meu organismo precisa se recuperar do desgaste e do período de repouso (é, por incrível que pareça, repouso cansa, porque a criatura disautonômica  perde massa muscular). Mas estou melhorando.

Eu estava pensando no quanto esses altos e baixos da recuperação de uma doença crônica poderiam bagunçar a cabeça de alguém que estivesse com a fé em baixa. Porque em todo esse processo, a única coisa que me ajuda a manter a sanidade mental é a fé. Fisicamente esgotada, mas nunca desanimada. Às vezes tem a tal “névoa mental” (brain fog), mas nem sombra de depressão. Meu corpo ainda está meio coisado, mas estou sempre tentando ficar bem e dificilmente você vai me ver com “cara de doente” (fico muito “miss olheira” e nem sempre estou fotografável, mas se eu saí de casa ou deixei alguém me visitar é porque estou minimamente apresentável e “visitável”). As pessoas acham esquisito o fato de eu viver sorrindo e bem humorada mesmo com tanta coisa “ruim” acontecendo. Não estou fingindo. Eu realmente estou feliz, porque minha felicidade independe das circunstâncias, ela vem do que está dentro de mim (eu não sou meu corpo). E meu foco está todo no fortalecimento da minha fé.

Passo o dia pensando nas coisas de Deus, medito no que leio na Bíblia, no que ouço nas reuniões, no que vejo nos programas da igreja… de modo consciente, absolutamente tudo o que eu vejo já tento relacionar com as coisas da fé, mesmo que seja uma notícia secular. Coloquei na cabeça que meu objetivo é agradar a Deus, sair dessa fase mais forte espiritualmente e mais preparada para destruir as obras do inferno. Quero sair dessa bem melhor do que entrei — e tenho conseguido.

Quero ser uma pessoa melhor, tenho superado inseguranças que eu nem sabia que tinha, tenho descoberto coisas em mim para melhorar e que poderei repassar a outras pessoas em um futuro próximo. Tenho tido ideias para dezenas de livros, vídeos e artigos. Faço planos, traço metas e vou aprendendo a não dar bola para o que até pouco tempo me deixava preocupada ou chateada. Não me interessa se eu não consegui sair da cama ou se fiz uma caminhada no supermercado e não consegui fazer mais nada o dia inteiro. Os dias ruins não querem dizer nada no contexto geral. Só conto os dias bons, ainda que sejam poucos. Meu objetivo é usar esse tempo para me aproximar de Deus, afiar a minha fé a fim de que seja impossível alguma coisa me parar novamente.

Não sobra tempo para gastar com pensamentos negativos ou sentimentos ruins. A fé é uma decisão. Ouvi isso em uma reunião do Bp. Renato e nunca vou me esquecer. A gente tem que decidir crer, independentemente de qualquer outra coisa. Por enquanto o que eu tenho ainda é muito pouco, mas é o que eu tenho, é com isso que tenho que trabalhar. Vivendo um dia de cada vez, com a certeza de que coisas incríveis estão para acontecer, porque o cumprimento das promessas é inevitável. E quando Deus diz que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus (amar é obedecer), é TUDO mesmo.

Mesmo quando você não pode fazer absolutamente nada para mudar suas circunstâncias, por estarem fora do seu controle, ainda existe muita coisa que você pode fazer e que pode transformar o resultado dessa situação adversa. Pare de olhar o que você não tem, o que você perdeu ou o que não está conseguindo. Em um momento complicado, diante de uma situação adversa, cabe a você decidir como vai reagir. A qual pensamento vai dar ouvidos, a que tipo de atividade vai se dedicar, o que vai ler, a que vai assistir, com o que vai gastar seu tempo, que tipo de palavras e sentimentos vai permitir que frequentem sua cabeça.

Você pode rejeitar (e expulsar) qualquer pensamento, sentimento ou sensação ruim, pode se trancar no banheiro e conversar com Deus quando precisar desabafar com alguém (é muito mais eficiente, por sinal), pode deletar do seu celular aquela rede social que rouba seu tempo e enche sua cabeça de lixo (já fiz isso com o Facebook e o Twitter, tenho que entrar no computador para acessar, se quiser. Mas isso é assunto para outro post), pode entregar suas preocupações para Deus e decidir crer.

Essas são coisas que só você pode fazer.

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PS. Amanhã apareço de novo para conversar mais um pouco sobre essas coisas. 🙂

PS2: Tudo isso para que você entenda, de uma vez por todas: não se trata de como sua vida está no momento ou das circunstâncias que você vem enfrentando. A estrutura de que você precisa deve ser construída de dentro para fora.