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Provocando ao Altíssimo na solidão

No meio de um problema, o ser humano tende a pensar que, se resolver aquele problema, será feliz. Então, a vida humana é uma incessante busca por resolver coisas e conquistar coisas com a ilusão de que, resolvido aquele perrengue, finalmente teremos paz e tranquilidade. E muitos chegam até Deus assim, querendo resolver problemas, achando que, assim que Deus os resolver, haverá paz. No entanto, há uma coisa que precisamos saber sobre a vida: os problemas nunca acabam. Se acaba um, um novo aparece. Sinto lhe informar, mas é assim. O que vai fazer diferença em nossa vida é aprender a confiar em Deus e nos encher dEle, caso contrário viveremos ansiosos e inseguros, como monstrinhos vampiros que nunca estão satisfeitos. 

Foi assim com o povo de Israel. E é um exemplo para nós de como é a natureza humana. Por mais que Deus fizesse milagres extraordinários e resolvesse todos os problemas deles, eles logo se desesperavam com o próximo problema que surgisse. Porque o maior problema estava dentro deles. 

“Dividiu o mar, e os fiz passar por ele, fez com que as águas parassem como num montão. De dia os guiou por uma nuvem, e toda a noite por uma luz de fogo. Fendeu as penhas no deserto e deu-lhes a beber como de grandes abismos. Fez sair fontes da rocha e fez correr as águas como rios. E ainda prosseguiram em pecar contra Ele, provocando ao Altíssimo na solidão.” Salmos 78.13-17

A confiança deles estava neles mesmos. No que podiam resolver, no que podiam ver, no que podiam imaginar. Mas Deus os levou ao deserto justamente para que, lá, aprendessem a confiar. Porém, mesmo no deserto, não consideraram que Deus estava com eles. E, assim, acreditaram na sensação de solidão. Em seu coração, sentiam que estavam sozinhos. E escolheram acreditar nesse sentimento em vez de crer em Quem estava com eles. 

Depois de tudo o que viu com seus próprios olhos, o povo tornou a duvidar. Aliás, depois, não, durante. Porque enquanto duvidava e reclamava, o povo estava vendo a coluna de nuvem de dia e a coluna de fogo à noite. Então, nem VENDO o incrédulo confia. Mesmo vendo, preferiu seguir seus sentimentos, se deixando levar por todos os pensamentos do seu coração.

Depois de tudo o que Ele fez. 

Veja bem, se não fosse possível decidir pela confiança, escolher ignorar seus medos e confiar em Deus, Ele não teria cobrado isso do povo. É possível sim, mas é difícil. Exige sacrifício. E é isso o que o nosso cérebro preguiçoso não gosta de fazer. Logo já vai para aquilo em que está mais treinado: a reclamação, os lamentos, o drama, o medo, a dúvida… Sim, uma das maiores razões para a dúvida em pessoas que estão há mil anos na igreja é preguiça mental (ou preguiça espiritual).

 E corre o risco de você estar todo esse tempo provocando a Deus por preguiça de fazer diferente pelo tempo necessário para ver resultado. Talvez até sem perceber, só por hábito. Como o povo, que já estava no piloto automático da reclamação desde a época do Egito (em que tinham motivo).  Quando quer de verdade, você se esforça. Para acordar cedo e ir trabalhar ou estudar, você sabe negar sua vontade. Que tal fazer o mesmo na hora de negar sua vontade de ceder ao medo, de considerar a dúvida e de ouvir a voz do diabo?

 

Assista: Seu jumento, Ele precisa de você! (incrível…)

Mais posts sobre o Salmo 78:

1 – Governando o coração

2 – Negando Jesus

3 – Provocando ao Altíssimo na solidão

4 – Mesa no deserto

5 – Rios em abundância

6 – O pão dos anjos

7 – Maus olhos contra Deus

8 – Com a língua Lhe mentiam

 

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Jejum de Daniel, dia 12

 

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Não se contaminar

O texto de hoje é a respeito do capítulo 1 de Daniel. 

“E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes, jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. […] 

E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.

E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.

 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber. Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos. E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias. E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei. Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes.”

A primeira coisa que me chama atenção, logo no início, é que havia outros jovens hebreus ali, mas somente esses quatro tiveram fé de não se contaminar. E os quatro não se permitiram contaminar nem com o modo de pensar dos outros. Isso é um bom ensinamento para hoje. Não importa se você está com uma minoria que faz o certo, ou se você se sente sozinho em sua casa ou em seu trabalho. Ou mesmo se convive com outros cristãos que acham que “não precisa ser tão radical” ou que dá para relativizar as coisas e ser mais parecido com o mundo. Seja definido em sua fé. Mesmo que precise resistir contra tudo e contra todos para mantê-la.

“Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.

E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.”

Ser dez vezes melhor do que todos os outros não é normal. Mas com Deus tem que ser assim. A sabedoria deles vinha do Espírito de Deus. Ficaram TRÊS ANOS comendo apenas legumes e água e, no final, estavam mais fortes e mais inteligentes do que todos os outros, não porque essa seja uma super dieta, mas por causa do que os motivou a fazer aquilo: a fidelidade a Deus. Eles não dependiam do natural. Estavam contando com o sobrenatural. Se contaminar com os manjares do rei poderia significar se acomodar, se esquecer do porquê de estarem ali. Manter o sacrifício era se manter conectado a Deus e ao fato de que Não faziam parte daquele povo. Eles estavam na Babilônia, mas se negaram a ceder para a Babilônia. E por isso Deus os honrou com o inimaginável.

Hoje vivemos na Babilônia. Em situação bem semelhante à desses rapazes. Não fazemos parte do mundo, mas estamos no mundo. Porém, precisamos entender que este não é nosso lugar. Somos ETs por aqui, e não devemos querer nos encaixar. O mundo está cheio dos “manjares” enganosos. Fazer a escolha consciente de não se contaminar com eles é o tipo de sacrifício que, depois de algum tempo, passa a ser natural. Um modo de vida do qual não abrimos mão. Não por nos acharmos melhores, mas por obediência a Deus.

“Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o Seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.” Deuteronômio 7.6

E este convite hoje está aberto a todos aqueles que decidirem não se contaminar com os manjares deste mundo para fazer parte deste povo especial.

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Jejum de Daniel, dia 11

 

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