Categoria: Vida cristã

O autista da fé e o burocrata da fé

Antes mesmo de vermos o vídeo em que o Bispo Macedo conversava com a família Boccoli, eu estava conversando sobre autismo com o meu marido. Nós dois estamos no espectro autista — o chamado TEA — em nível leve. Falávamos sobre como diagnóstico é um critério humano para categorizar comportamentos e sinais, para estabelecer padrões e facilitar o tratamento, mas que, na real, o ser humano não sabe exatamente o que é cada transtorno, problema ou disfunção. E comentávamos quem na Bíblia, se fosse hoje, seria diagnosticado autista. 

Considerando apenas o modo de pensar e de ser percebido pela sociedade, chegamos à conclusão de que praticamente todos os heróis da fé poderiam se encaixar no espectro autista. Acho que até quem era neurotípico (“normal”) acabou neuroatípico (autista), porque, depois do encontro com Deus, o modo de pensar muda completamente!

Até o Senhor Jesus seria considerado autista. Falava o que pensava, de modo desconcertantemente direto, tinha pensamento rígido com relação à Palavra de Deus, respondia de modo diferente ao que seria socialmente adequado, falava com pessoas, e não com cargos. Frequentemente precisava Se afastar para um lugar isolado para orar — e simplesmente saía. Sabia que Deus O tinha enviado para uma determinada missão e não Se desviou dela em nenhum instante. Suas palavras nos Evangelhos denunciam bem como Ele é. Ele ensinou que nosso sim deve ser sim, e nosso não deve ser não — e o que passar disso, vem do maligno.

O modo de pensar de Deus, em toda a Bíblia, tem esses traços, que hoje são considerados característicos do autista. Não aceita mentira, é rígido com o cumprimento da palavra, não Se prende a convenções sociais humanas, é direto no que diz — e diz apenas aquilo que quer dizer. Para Ele, cada palavra importa. Se Ele diz que vai fazer alguma coisa, pode ter certeza de que Ele vai fazer. Seu sim é sim e Seu não é não. E espera isso de todos. Se Deus é o Criador, Ele é o padrão. Se Ele é o padrão, Ele é o normal. Se Ele é o normal, os critérios deste mundo estão todos errados e, na verdade, o autista é que está certo! 

Aqui neste mundo lidamos com muitas dificuldades e acabamos tendo que aprender a ser um pouco mais flexíveis e entender o modo das outras pessoas pensarem para sermos mais funcionais (como “um antropólogo em Marte”, título de um livro de Oliver Sacks sobre o assunto). E somos vistos como divergentes. Mas somos normais no Reino de Deus, porque o padrão é Ele. Neste mundo, o padrão é o ser humano já contaminado com o pecado, por isso é tão diferente. Então, acho que todo mundo era para ser originalmente “autista”, mas o pecado entrou, estragou tudo e surgiu esse modo de pensar e agir que hoje a ciência chama de “neurotípico”… já pensou que plot twist?

A questão é que o autismo é um espectro, então existem diversos tipos de pessoas com diversas habilidades dentro desse espectro. Pensando nisso, chegamos a algumas conclusões que nos ajudaram a entender tanto o tipo de fé que Deus espera que todos tenham quanto o porquê de muitos que pareciam estar na fé terem saído tão mal. Tem aquele que sai porque já não estava na fé, não tinha muita convicção, era meio barro, meio tijolo, estava vivendo no pecado etc. Essa é outra situação. Mas tem aquele que parecia da fé, era cheio de força e de convicção, parecia sincero. Por que raios saiu então? E por que alguns desses saem falando mal do sistema da igreja, como se alguém os tivesse obrigado a ficar tanto tempo dentro do sistema? Será que nos enganamos tanto assim com essa pessoa, por tanto tempo? Aí entendemos esses dois conceitos: 

O autista da fé e o burocrata da fé

Existem muitas pessoas que estão dentro do espectro autista e não sabem. Muitas parecem tão “normais” (neurotípicas) que nunca desconfiaram e passarão a vida sem saber. Como disse, as características de Deus, descritas na Bíblia, coincidem com muitas das características hoje atribuídas ao autismo, e como a ideia do novo nascimento é fazer a pessoa se tornar filha de Deus, semelhante a Ele, a ideia de Deus é que todos — neurotípicos e neuroatípicos — se tornem autistas da fé, voltando ao plano original. 

 Duas das características mais significativas do pensamento do autista são forças muito poderosas tanto para o bem quanto para o mal: a busca por uma rotina (estrutura) e a rigidez de pensamento. Quando o autista nasce de Deus e aprende a apoiar essas duas características na Palavra de Deus, ele se torna imbatível. Porque agora a estrutura dele está na Palavra de Deus e é só nela que ele é rígido. E se ela for contrária a tudo o que ele está vendo, a tudo o que parece “real” e “concreto”, ele será visto como maluco para o mundo, mas agradará a Deus, porque se manterá com o pensamento firme e fixo no que está escrito. 

As circunstâncias do lado de fora podem mudar, ele pode perder tudo, mas não perde a sua convicção. Porque entende que Deus é a única Rocha, é a única coisa realmente sólida e verdadeira neste mundo. É só nEle que podemos confiar, Ele é que deve ser nossa estrutura e nEle depositamos nossa necessidade de rotina, para que Ele nos guie. E, assim, mesmo quando a rotina que nos era confortável é tirada de sob nossos pés, sabemos que estamos seguros. 

Já quando o autista não nasce de Deus, ele tende a se apoiar nas palavras dos homens e nas estruturas humanas e, por isso, sofre (e faz sofrer), porque essas coisas são falhas (até a “ciência”, que se acha infalível). Mas o mais perigoso é quando o autista chega na igreja e, em vez de buscar nascer de Deus e confiar na Palavra dEle, transfere para a igreja o que fazia no mundo e passa a confiar no sistema religioso e na palavra dos homens. Ele se torna um burocrata da fé, que também busca uma estrutura, mas encontra na estrutura mais visível, que é a dos processos dentro do sistema da igreja, um lugar seguro em que se apoiar.

 Ele se apega com toda força à palavra do homem, a estrutura se torna seu deus. Ele é rígido dentro do que é esperado dele, muitas vezes para se manter no cargo, que é seu lugar seguro. Tem aquela aparência de ser de Deus, mas na verdade isso também é uma rotina que ele criou e vai lutar para manter, porque é como ele se sente seguro. Quem o vê de fora, acha que é uma pessoa da fé, porque fala com convicção — e realmente está convicto de que deve dizer aquelas coisas. É fiel à igreja, achando que isso é ser fiel a Deus. Foi iludido pelo diabo e, no começo, creio que não perceba que está enganando e sendo enganado. 

O autista burocrata adora os rituais. Ele se entende como parte de uma estrutura humana. E como ele se sente bem, acha que aquilo (a sensação de estar seguro) é conexão com Deus. ELE NÃO ESTÁ MENTINDO. Ou melhor, acha que não está. Por isso vemos sinceridade em suas palavras. Ele está sendo sincero com o que esperam dele. Por outro lado, a ideia de que autistas não conseguem mentir pode ser verdadeira para muitas pessoas do espectro, mas infelizmente não para todas. Um estudo de 2016 comprovou que, se for treinada a contar alguma mentira socialmente aceita (como dizer que gostou de um presente que ganhou), uma criança autista é capaz de aprender rapidamente e generalizar para outras situações da vida.

 Então, há autistas que chegam à vida adulta já condicionados pela família a contar pequenas mentiras para serem aceitos e integrados onde eles querem estar. Principalmente os mais funcionais bem treinados são excelentes observadores, procuram os padrões para descobrir o que é esperado deles e aprendem a corresponder às expectativas. Não creio que tenham a maldade de um “neurotípico” fazendo isso (por isso Deus dá mais chance). São pessoas bem sinceras na sua falta de sinceridade. Sinceras com o que é esperado delas, mas não com a Palavra de Deus. 

E, se o burocrata sabe “jogar o jogo” da estrutura, ele naturalmente vai crescendo ali, achando que está tudo certo, porque, afinal, acredita que está “seguindo as regras” e acha que seu crescimento é um aval de Deus. No entanto, Deus, às vezes, “puxa o tapete” da pessoa para ela ver onde está se segurando. A intenção dEle não é fazer a pessoa cair, mas sim, levá-la a se segurar em Quem pode sustentá-la mesmo quando a estrutura humana não a pode sustentar. 

O momento de decisão

 Deus vai “tirando o chão” para a pessoa se segurar nEle. Isso para um autista é desesperador. Por isso, é um momento de decisão consciente. E eu creio que Ele faz com que a pessoa se lembre de tudo o que ouviu da Palavra dEle, para decidir se vai crer, confiar e se agarrar nEle, ou se vai seguir o sentimento. É o momento em que Deus dá a esse burocrata a chance de salvação. A chance de escolher se tornar um autista da fé e salvar a sua alma. Acho que Deus também faz isso com todos aqueles que querem ser dEle e que começam a se desviar e se apoiar em outras coisas. Ele começa a tirar o chão (ou permite que isso aconteça) para que a pessoa se agarre nEle.

Infelizmente, há quem escolha errado. Não reconhece Deus em seu caminho e sai da igreja falando mal da estrutura, da disciplina. Não porque não gostava da estrutura, mas porque sente que foi traído por ela. Dedicou tudo de si para a estrutura da igreja e ela não lhe deu a estabilidade eterna que ele procurava. Porque não entendeu que a estabilidade eterna somente UM pode dar. Somente Deus. Ele mesmo diz que não há outra Rocha. Construir nossa estrutura sobre a Rocha é nos fazer firmes e inabaláveis. 

Por isso, não é tão difícil a pessoa se examinar para ver se realmente está na fé. E se vier uma injustiça? Uma ordem de alguém que, no momento, pareça não fazer sentido? Se for tirada de onde está e colocada onde não queria? E se perder o que tem? Se perder o título? Se perder o cargo? E se acontecer algo que quebre a estrutura, ela vai suportar? Vai resistir? Nem todo mundo se examina quanto a isso, mas deveria.  

O autista precisa saber que ele não está salvo só por ser autista. Ele também precisa nascer de Deus para se tornar esse autista da fé, transformado de dentro para fora, que tem na Palavra de Deus toda a sua necessidade de estrutura preenchida, e consegue se agarrar a ela com todas as suas forças, com toda a sua convicção. O bom é que temos essa sinceridade natural dentro da gente e, transferindo o nosso apoio para Deus, conseguimos finalmente conhecê-Lo de verdade. Porque — repito — todo mundo, quer tenha nascido neurotípico para o mundo, quer tenha nascido neuroatípico para o mundo, precisa passar pelo processo de se tornar autista da fé. Precisa entender que nunca mais vai ser visto como “normal” pelo mundo — e estar em paz com isso. Somos diferentes, sim, porque nosso padrão é o do Alto. No Reino de Deus, típico é ser autista. No Reino de Deus, não existe outra maneira de se viver. 

O autista da fé pode até se colocar “em risco” dentro da estrutura da igreja, se for o caso, para agradar a Deus (o que às vezes significa até sofrer injustiças e permanecer em pé crendo que Deus vai justificá-lo — como Ele prometeu). E o autista da fé é extremamente útil para a estrutura da igreja, pois permite que ela cresça, permaneça maleável e nunca se torne um deus para aqueles que se movem nela, mas sempre esteja em seu papel de suporte para manter o Corpo de Cristo coeso e com boa mobilidade, a fim de realizar a obra dAquele que nos chamou. 

Quanto mais “autista da fé” a pessoa se fizer, mais útil no crescimento da obra de Deus e do Reino de Deus ela se tornará, daquele tipo maluco de servo de Deus, disposto ao tudo ou nada, de quem o diabo mais morre de medo por não saber o que esperar. E por não ter como parar.

Colocar nossa estrutura na Palavra dEle. Esse é o sonho de Deus, que a gente confie nEle com toda a nossa força, de toda a nossa alma e com todo o nosso entendimento; que a Palavra dEle se torne nossa estrutura, todos os dias, para conduzir nosso caminho. Assim, a gente automaticamente vai se tornar um autista da fé, quer tenha nascido autista, quer não.

“Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei (isto é, a Palavra) que Meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.”

Josué 1.7

 

 

PS. Este post também foi publicado no blog do Bispo Macedo

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O que é servir a Deus?

Estava eu, chateada por não estar conseguindo servir a Deus por ainda estar de molho e blá blá blá, perguntando a Ele como eu poderia servir. Meio desanimada pela falta de força física, mas um pouco esperançosa de que Ele me desse uma ideia ou me fizesse ficar bem logo. Até que tive uma “revelação” (revelações costumam ser obviedades que eu não estava conseguindo enxergar até que se jogaram na minha frente dizendo “oi, olha para mim! Sou a coisa mais óbvia do mundo que até ontem você ignorava!”). Servir a Deus não é só sair na rua evangelizando. Servir a Deus não é só falar dEle para as pessoas, trabalhar na igreja, escrever mensagens que as ajudem, ou dar a elas orientações de fé. Servo é aquele que obedece ao seu senhor. Servir a Deus é obedecer a Ele, e isso pode ser feito até mesmo por uma pessoa acamada, doente, em um hospital, na solitária de um presídio ou velhinha trancada em casa. No meu caso, por exemplo, poderia começar me mantendo firme no pensamento certo a respeito da situação. Não ceder ao desânimo, mas manter a convicção e a confiança. E fazer o melhor que eu puder com o pouco que tenho, que Ele me colocará sobre o muito. Não é essa a promessa? Isto é servir a Deus.

Outro exemplo, Deus diz para amar aos que nos odeiam e orar por aqueles que nos perseguem. Você, trancado na sua casa, tem uma escolha a fazer com relação a isto DENTRO DA SUA CABEÇA. Ou cede à sua vontade de ficar com raiva da pessoa que te persegue e que te odeia, ou nega sua vontade e, para agradar a Deus, se esforça para olhar para aquela pessoa como gostaria que olhassem para você, e ora por aquela pessoa, para que ela seja feliz, abençoada, liberta e salva. Olha a guerra que pode acontecer entre a sua vontade e a vontade de Deus aí. Negar a si mesmo e fazer a vontade de Deus é servir a Ele. Olha só:

“Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus

Efésios 6.6

Servo de Cristo é aquele que faz de coração a vontade Deus. E qual é a vontade de Deus? Ele deixou tudo bem claro nos 66 livros que compõem a Bíblia. Por exemplo, está escrito que nossa força está na confiança que temos em Deus. Então, diante de um problema, mesmo trancado em casa, você tem uma escolha a fazer. Ou se desespera e entrega sua confiança a uma pessoa ou a você mesmo; ou renuncia à sua vontade de se desesperar e decide confiar em Deus. Entrega o problema no Altar e decide crer que Deus vai resolvê-lo conforme a Palavra dEle afirma. Ele diz que nos livra de nossos inimigos, e isso engloba até os problemas mais cabeludos dos quais você não consegue se livrar sozinho. 

Mas para que Ele possa fazer isso, você precisa entregar DE VERDADE. Sacrificar sua vontade de resolver com sua própria força (pare de se enganar, você já viu que não consegue resolver sozinho). Sacrificar sua vontade de ficar com raiva, sacrificar sua vontade de ceder às dúvidas, sacrificar sua vontade de ficar com medo (sei que não parece lógico dizer que temos vontade de ficar com medo, já que medo é uma coisa ruim. Mas aquela inclinação para o medo e para tomar a atitude que o medo pede é, de certa forma, uma “vontade de ficar com medo”. Sacrifica isso aí), sacrificar sua vontade de fazer drama (principalmente nas situações que são realmente dramáticas. Quanto mais dramática a situação, mais parece que a gente tem o DIREITO de ceder ao drama. Mas na verdade, o que funciona é o contrário. Quanto mais dramática for a situação, menos drama você deve permitir dentro de si), sacrificar, sacrificar, sacrificar. Quando fazemos do sacrifício nosso padrão de comportamento, servimos a Deus, agradamos a Ele e conhecemos a verdadeira felicidade.

Parece doido, né? Parece contraintuitivo sacrificar para conhecer a felicidade, enquanto o mundo nos diz que só se alcança a felicidade cedendo para todas as vontades, desejos e impulsos. O mundo nos ensina que não seremos autênticos se não sairmos fazendo tudo o que o nosso coração quer. Mas tenho uma notícia para você: o mundo está todo errado. Está tudo tão bagunçado que cheguei à conclusão de que o melhor é duvidar de absolutamente TUDO o que o mundo ensina, mesmo quando parece certo ou bom. A verdade é o que Deus diz e ponto final. E buscar saber, dentro da Palavra dEle, o que Ele diz e o que Ele pensa a respeito das coisas, é servir a Ele. A minha opinião, a sua opinião, a opinião do mundo, a opinião do pastor coach do Instagram não tem a menor importância. E sacrificar a sua própria opinião para saber e seguir a opinião de Deus é também uma forma de servir a Ele.

Ser uma pessoa de acordo com o coração dEle. Buscar a Ele, fechadinho no seu quarto. Buscar a Ele dentro da igreja, reunido com outras pessoas em nome dEle. Ter bons olhos e bons pensamentos para com as outras pessoas. Se recusar a fazer comentários maldosos sobre os outros, mesmo em pensamento (mesmo que você ache que está “só falando a verdade”. Só fale e pense dos outros o que você gostaria que falassem e pensassem de você). Acreditar no que Deus diz a respeito dEle mesmo na Bíblia (por exemplo, que Ele é benigno, misericordioso, justo e digno de confiança). Não ceder ao medo. Não ceder à dúvida. Fazer sempre o que é certo. Ser benigno e justo com os outros. Ser manso e humilde de coração (sacrificar o orgulho). Ser pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar. Entregar para Deus toda a ansiedade, confiando nEle. Acreditar não só que Ele pode fazer o que promete, mas também que Ele quer e vai fazer. Exercitar a fé como CERTEZA daquilo que se espera. Lutar contra os gremlins que falam abobrinha na sua cabeça. Buscar agradar a Deus do jeito que Ele quer ser agradado. Isso também é servir a Deus. 

É nisso que temos que focar todos os dias. Ser quem Deus quer que sejamos. Servir a Deus do jeito que Ele quer ser servido. É importante ganhar almas? Com certeza! Não tenha dúvida disso. Mas ainda mais importante é ganhar a sua própria alma, desenvolvendo a sua salvação, se focando em crescer espiritualmente e conhecer a Deus e entender Quem Ele é. Porque Deus não é uma energia, não é uma ideia (o Espírito Santo não é uma energia!). Deus é uma pessoa. É um ser que existe, e que só não podemos ver por nossa limitação física, mas Ele é um ser real (a física da realidade dEle é diferente da nossa, mas não menos real. Na verdade, acho que até bem mais real do que a nossa). 

Ele não é parte de nós. Ele não é parte do nosso mundo. Ele é um indivíduo, e por Sua individualidade, precisamos conhecê-Lo através do que Ele deixou registrado. Precisamos saber como Ele é, não como achamos que Ele deveria ser, muito menos como o mundo nos diz que Ele é ou deveria ser! Servir a Deus é, antes de qualquer coisa, descobrir como Ele deseja ser servido. O que temos para oferecer? Qual é o nosso melhor, que podemos entregar? O que agrada a Ele? O que Ele espera de nós? As respostas para estas e tantas outras perguntas estão na Bíblia, no que Ele nos diz quando buscamos a Ele. 

Pergunte a Ele o que você precisa fazer primeiro, por onde começar. Talvez você já tenha perguntado e alguma das coisas que eu citei neste texto acendeu uma fagulha dentro de você. A gente simplesmente SABE. Ele coloca certeza dentro de nós sobre o que temos que fazer. Porque mesmo quando as coisas nos parecem nebulosas, nossa alma sabe. E quando perguntamos a Ele, as nuvens se afastam e simplesmente sabemos. Ao ler a Bíblia, o que temos que fazer salta aos nossos olhos. Não como acusação, mas como direção. Como esperança. Então, se você já sabe o que fazer, faça. Se ainda não sabe, pergunte e espere, SABENDO que Ele dará a resposta e você terá certeza.

 

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* Vou começar a colocar um aviso no final, igual aquele que aparece no fim dos vídeos do Bp Renato: “gostou? Leia de novo. Leia quantas vezes precisar até que este conteúdo faça parte de você”. Acho que você deveria fazer isso pelo menos com as partes que mais lhe chamaram atenção.

PS. A partir do dia 11 de dezembro, começa o Jejum de Daniel. 21 dias focados em nosso crescimento espiritual. E, como sempre, este blog fará parte… na verdade, tenho escrito mais durante o Jejum do que fora dele, então este blog tem sido praticamente todo Jejum de Daniel-friendly, nem sei se precisa colocar o link da categoria, mas lá vai: https://www.vanessalampert.com/category/jejum-de-daniel/

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PS3. Pensando seriamente em fazer posts detalhando alguns dos exemplos que dei aqui, porque tem coisa que não cabe em um parêntese.

PS4. E, no final, terminei a conversa com a dona Revelação do Óbvio com uma pequena lista de coisas em que eu deveria me focar para servir ao meu Senhor. Olha que legal! Coisas que você só consegue quando PEDE e espera, crendo que será respondido.