Categoria: Vida

Péssima companhia para o chá

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“Odeio os pensamentos vãos, mas amo a Tua Lei.” (Salmos 119.113)

Às vezes os maus pensamentos entram em nossa cabeça e encontram um ambiente bem agradável para se instalar. Eles começam a dizer coisas que nos colocam para baixo, nos desanimam ou nos paralisam e a gente pega uma xícara de chá e fica perguntando ao pensamento que acabou de chegar.

— Puxa, mas será que é isso, mesmo? — E ele, pegando outra xícara e puxando uma cadeira, logo responde:

— Ah, mas é claro que é!

— Mas a Bíblia diz o contrário. O pastor falou sobre isso ontem.

— Quer ver? Vou te mostrar todas as evidências de que esse pensamento é verdade!

O pensamento inútil abre uma pastinha e de lá retira acontecimentos isolados que ele selecionou cuidadosamente para reforçar o argumento. Por exemplo, se o pensamento inútil é o de que ninguém se importa com você, ele seleciona todas as cenas em que alguém não respondeu a uma mensagem sua, não perguntou como você estava ou não cumprimentou quando passou por você na rua. Mas convenientemente esconde da sua memória todas as vezes em que alguém respondeu a uma mensagem, cumprimentou, abraçou, demonstrou afeto e preocupação. Detalhes? Contexto? Essas coisas não interessam a quem manipula informações. E manipulação é a especialidade do Sr. Pensamento Inútil.

Não é do interesse dele também encontrar interpretações alternativas para acontecimentos que ele rotulou como evidências. Por exemplo, a pessoa que não cumprimentou poderia estar tão distraída que foi capaz de olhar fixamente para você sem perceber que estava olhando para alguém e que esse alguém era você (não duvide, eu sou especialista em fazer isso…nem te conto quantas vezes fui mal interpretada). Não é do interesse do Sr. Pensamento Inútil que você cogite a hipótese de que determinado acontecimento nada tem a ver com a pressuposição que ele levantou ou com a certeza que ele está apresentando. Sr. Pensamento Inútil é o maior gerador de Fake News mental que existe. Boateiro de quinta categoria, mas sabe ser convincente.

A pergunta é: por que você está ouvindo esse pensamento? Por que considera o que ele diz? Por que aceita que ele se sente à sua mesa, pegue uma xícara e beba o seu chá em sua presença? Por que olhar o que ele apresenta como “evidência”?

Se você realmente quer agradar a Deus (e manter sua sanidade mental), em vez de considerar a palavra do Sr. Pensamento Inútil (que nada mais é do que um gremlin disfarçado…um gremlin gourmet), considere a seguinte Palavra:

“Odeio os pensamentos vãos, mas amo a Tua Lei.” (Salmos 119.113)

ODEIO os pensamentos vãos. A partir de agora decida ODIAR o Sr. Pensamento Inútil.

Como você trataria alguém que você odiasse? Trate assim qualquer pensamento que o afaste de Deus, que coloque você contra outra pessoa ou que o coloque para baixo.

Sr. Pensamento Inútil: — Para que continuar tentando? Se não deu certo até agora, é porque você nunca vai conseguir.

Você: — SAI DAQUI, seu ridículo! EU TE ODEIO! CALA A BOCA AGORA, EM NOME DE JESUS E SAI DAQUI!!!

“BLAM!!!” (Porta na cara)

Pronto. Não podemos ter esse tipo de sentimento em relação a outras pessoas e criaturas terrenas, mas com Sr. Pensamento Inútil e outros gremlins, tá liberado.

Pare de tratar o monstro com educação.

 

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#JejumdeDaniel

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Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel, de 6 a 26 de agosto. Durante esses dias, os posts no blog serão voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

** Para quem não acompanhou ou para quem gostaria de rever os posts das edições anteriores do Jejum de Daniel neste blog, segue o link da categoria: https://www.vanessalampert.com/?cat=709 .

A fé desconectada do sentimento

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Quando falamos que fé não é sentimento, não estamos pregando uma fé psicopata, que passa por cima dos outros e não sente nada. Quando falamos que fé não é sentimento estamos defendendo uma fé que não tem sua base sobre os sentidos naturais.

A fé baseada em sentimento (fé emotiva) depende de estar se sentindo bem para estar bem. Depende que as circunstâncias (que chegam até ela pelos sentidos) estejam favoráveis ou que um “irmão” da igreja dê uma profecia (ou seja, depende de ouvir) para que possa crer. A pessoa que anda pela fé emotiva tem uma ideia muito errada da realidade.

Conheci uma mulher de muita fé, membro de uma outra denominação evangélica. Ela tinha vários testemunhos de coisas extraordinárias que Deus fez em sua vida ou através dela na vida dos outros. O problema é que ela só conseguia ter essa fé inabalável quando recebia uma profecia de algum profeta da igreja dela (sabe aquele pessoal que imposta a voz e diz com sotaque de divindade: “meu seeeervo”…? Pois é). Resultado: ficou viciada em profecia. Conhecia a Bíblia, dizia acreditar, mas a Palavra de Deus tinha menos força dentro dela do que a palavra de um homem que dizia falar por Deus.

Quando ela precisou da fé para si, não encontrou, pois dependia dos seus ouvidos físicos para decidir em que acreditar. Não ouviu profecia pessoal, mas ouviu palavra de morte dos médicos. Confessou para nós que não conseguia manter a fé enquanto via, ouvia e sentia o contrário. Não era de se espantar. A fé que se baseia nos sentidos físicos é fraca, volúvel — exatamente como os nossos sentimentos.

Mesmo que você não acredite em profecias revelatórias, muitas vezes fica esperando que as situações estejam favoráveis para crer. Se acontece algo contrário ao que você queria, já se desespera. Soube de gente que desistiu da fé porque ficou doente e, por não ter visto melhora dos sintomas nas correntes de oração, já concluiu que Deus não estava com ela, que nada do que ela pudesse fazer resolveria o problema e começou a enfraquecer na fé.

‪A fé precisa se desconectar do sentimento para se transformar naquilo que foi criada para ser: a convicção dos fatos que não se veem. Muitas vezes temos que continuar convictos mesmo vendo e sentindo o contrário. Por exemplo,crer que vai dar certo mesmo sentindo medo de falhar.‬

E a fé consciente, que não se baseia no que sentimos, tem que se basear em alguma outra coisa muito mais estável e garantida: naquilo que está escrito na Bíblia. Este é o fundamento sobre o qual construímos nossa vida: a Palavra de Deus, que, ao contrário dos nossos sentimentos, não muda, não mente, não erra e nunca se contradiz. A fé que se baseia nessa Palavra não vê impossíveis. Ela nos impulsiona adiante pelo caminho mesmo nos momentos mais difíceis. E é por meio dela que alcançamos aquilo que jamais imaginamos viver. 

#JejumdeDaniel

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Estamos em uma jornada de 21 dias de jejum de informações e entretenimento chamado Jejum de Daniel, de 6 a 26 de agosto. Durante esses dias, os posts no blog serão voltados exclusivamente para o crescimento espiritual. Leia este post para entender melhor.

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