Categoria: Vida

Vai dar tudo certo

Quando as coisas estão bem, é mais fácil ser feliz. Embora muitas pessoas tenham o péssimo hábito de criar problemas ou transformar situaçõezinhas em monstros para sempre terem um problema com que lidar, elas teriam todas as condições de viverem bem e com tranquilidade se vissem que seus problemas são ridículos. No entanto, quando coisas realmente sérias acontecem, pessoas que fazem tempestades em copo d’água quase entram em colapso e pessoas que curtem a felicidade em tempos de paz podem se desesperar. É um exercício de paciência ter de se manter bem, emocionalmente estável, com bom humor e pensamento positivo em situações adversas, mas é absolutamente necessário para sobreviver a elas vitoriosamente.

A única maneira de sobreviver bem ao inesperado é desenvolver a confiança em Deus e a capacidade de não se acomodar às situações ruins. Você tem certeza de que tudo vai melhorar, trabalha para que tudo melhore, mas sabe que não depende de você. O que dá segurança é saber que Alguém que realmente quer o seu bem está cuidando de tudo e garantindo que, se você mantiver a certeza de que vai conseguir, tudo dará certo.

“Vai dar tudo certo”, foi o que mais ouvi nos últimos dias. E cada dia a mais parecia uma nova semana. Quando a espera se arrasta, os dias se arrastam junto, cada hora dura um dia inteiro e você começa a contar o tempo de uma maneira bem diferente. Estamos em modo de espera e em modo de certeza. Nesses momentos, eu, naturalmente, tendo a me reservar um pouco mais e ficar mais quietinha. Para colaborar com isso, estou tendo que passar grande parte do tempo em um lugar em que não tem wi-fi, nem sinal de celular (não, não fui presa…rs).

Apesar de todo exercício de paciência que tenho sido obrigada a fazer, tenho buscado aproveitar o melhor desses dias: as oportunidades de exercitar a minha fé, de entender melhor as coisas, de anotar as ideias a caneta em blocos de papel no pouquíssimo tempo que consigo ter para mim, a oportunidade de exercitar tudo o que aprendi nos últimos anos a respeito de ser mulher, esposa, companheira, auxiliadora…e, claro, a oportunidade de ajudar outras pessoas, que é o que eu mais gosto de fazer.

Saber que vai dar tudo certo nos dá energia, nos impulsiona nos momentos mais improváveis e faz com que passemos por tempestades mais malucas sem a sombra do medo a nos escravizar e nos dominar. Se você não sabe nada a respeito do futuro, então pode escolher se vai crer que tudo vai dar certo ou se vai crer que tudo dará errado. A escolha é sua, mesmo. A minha, eu já fiz. 🙂

 

Qual é o seu talento?

 

As pessoas têm dificuldade de descobrir seu talento porque geralmente a gente não dá bola para aquilo que faz desde sempre. A minha dica para isso é responder a algumas perguntas: o que você gostava de fazer na infância? O que você costuma fazer quando tem tempo livre? Sem o que você não conseguiria viver? Muito provavelmente, seu maior talento é desprezado justamente por ser algo que você faz com facilidade. Pode ser cozinhar, desenhar, vender, trabalhar com madeira, organizar…

Desde o início da minha vida fui muito estimulada a desenvolver talentos artísticos porque todos os meus irmãos cantavam, desenhavam e tocavam algum instrumento. Eu comecei desenhando, depois me apaixonei pelo teatro e pela literatura. Também aprendi a fazer escultura e a cantar. E fazia tudo ao mesmo tempo, sem conseguir me definir…rs. Durante algum tempo achei que seria atriz e me preparei para isso, mas certo dia eu me dei conta de que eu conseguiria viver sem cantar, sem ouvir música, sem desenhar, sem interpretar e sem ir ao teatro e ao cinema, mas não sem escrever.

Mesmo quando eu fazia de tudo para ficar de recuperação (é, teve isso…eu tinha paixonite por um menino da escola, que sempre ficava de recuperação, então era a chance de ter mais alguns dias perto dele…facepalm para little me), minhas redações eram elogiadas. Eu era uma coisa para os professores de português e outra para todos os outros professores. Isso porque eu escrevia todos os dias. Tinha o meu diário, tinha as poesias que eu datilografava (dinossaura) e o bendito romance ambientado na segunda guerra mundial que atravessou toda a minha adolescência porque eu gostava muito de escrevê-lo, reescrevê-lo e pesquisar sobre aquela época (em uma era pré-internet, em que as pessoas pesquisavam em livros…).

Escrever era tão fácil para mim que só aos vinte anos decidi me profissionalizar e procurar livros e cursos a respeito. Vi que não era por ser fácil para mim que tinha que ser eternamente intuitivo. E nessa época eu já tinha dezenas de cadernos escritos com histórias, artigos e poesias. Assim que você identifica o seu talento, começa a investir nele. Talvez ele esteja desnutridinho, mirradinho e esgualepado, mas você começa a dar comidinha para ele e fazer com que ele cresça e se desenvolva. Você educa o seu talento, fazendo com que ele passe a ser mais do que intuitivo. Eu descobri que, como já tinha facilidade, consigo absorver a teoria e aplicá-la com muito mais rapidez. Em vez de procurar encaixar meu talento em uma caixinha, eu vou atrás de informações direcionadas que possam ser testadas imediatamente e integradas ao meu trabalho.

Primeiro você descobre o que sabe fazer de melhor, depois procura formas de aprender mais sobre aquilo, para acrescentar mais ao que você já sabe e se tornar perito naquilo que faz. Esse é o melhor caminho para ser um profissional FELIZ.

 

PS: A propósito, uma boa leitura de apoio é o artigo Você é mestre em…? (clique aqui para ler)