Quem são os escolhidos de Deus?

Descubra como funciona o processo seletivo do qual todos nós estamos participando
 Por: Davison Lampert

A vontade de ser especial, de vencer na vida, é o que motiva muitos a batalhar por seus sonhos. E, na luta para se distinguir na multidão e alcançar o topo, nenhum sacrifício parece grande demais. Estão prontos para abrir mão do lazer, de horas de sono, de vida social e de inúmeras outras coisas que consideram importantes, tudo para não ser só mais um nesse mundo.

Porém, quando a questão é fazer parte do Reino de Deus, o pensamento que prevalece é o de que não há necessidade de se esforçar para ser aceito. Acreditam que se Deus é amor e se a Sua misericórdia é infinita, Ele certamente estará esperando todos de braços abertos, não importando como viveram suas vidas. Mas será mesmo?

O critério de Deus

Quando Jesus diz, ao concluir a parábola das bodas (Mateus 22.1-14), que “muitos são chamados, mas poucos, escolhidos”, Ele deixa claro que existe um critério para definir essa seleção. Mesmo que a vontade de Deus seja de escolher todos – pois Jesus morreu para salvar toda a humanidade –, Ele diz que muitos serão rejeitados no final.

E qual é o critério usado para determinar quem será salvo e quem se perderá? Serão os anos de igreja? Conhecimento da Bíblia? Faculdade de teologia? Árvore genealógica? Seus belos olhos azuis? Par ou ímpar? Na verdade, o critério de seleção do Reino de Deus é mais parecido com o utilizado em um concurso vestibular.

No vestibular, ao se inscrever, o candidato recebe um manual onde está descrito o que ele precisa estudar e fazer para estar preparado no dia da prova. Se vai ler ou não; se vai seguir ou não, são outros quinhentos. A Universidade está dando a ele uma oportunidade. Se ele passar seus dias dormindo, ou em festas, ou se entretendo nas redes sociais em vez de meter a cara nos livros e estudar, sacrificando sua vontade de fazer todas essas coisas, como espera estar entre os escolhidos?

Por outro lado, o aluno que se dedica, prestando atenção ao que lê, se esforçando para entender mais do que simplesmente decorar; aquele aluno que abre mão das distrações e foca no seu objetivo, que sacrifica uma vida indisciplinada e se submete à disciplina de seu programa de estudos, certamente irá colher o resultado de seu esforço. Ele mostrou a sua vontade com atitudes que o habilitaram para a vaga. Por isso, foi escolhido entre tantos inscritos.

A eleição

No Reino de Deus é a mesma coisa. Os escolhidos por Ele são aqueles que se habilitam a essa condição, por meio de suas próprias atitudes e esforços. A diferença é que não se compete com ninguém para ser eleito por Deus. A luta é contra a própria vontade, e as provas são: negar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Cristo. O mundo, que despreza qualquer tipo sacrifício para Deus e só consegue admitir sacrifício para si próprio, tentará impedi-lo de passar nessas provas. Eis a importância de pautar as atitudes em uma fé racional e, crendo na Palavra de Deus, tomar posse de Suas promessas. É dessa qualidade de fé que vem a força para vencer a si mesmo e o mundo. Um candidato com uma fé emotiva ou religiosa não terá condições de se qualificar. Mais cedo ou mais tarde abandonará a disputa.

E, para o que se mantiver firme, a disputa não termina com a aprovação. Após o vestibular, o aluno deverá continuar se esforçando para conseguir se formar. E depois de formado, deverá se manter atualizado e se esforçar para permanecer um profissional de sucesso, até o fim. Assim é com relação a Deus. A carreira de um cristão só acaba quando não há mais luta, e só não há mais luta para um cristão quando ele parte desse mundo.

Combatendo o bom combate

Quando estava na prisão em Roma, pouco antes de sua morte, o apóstolo Paulo escreveu para Timóteo: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (2 Timóteo 4.6-8).

Quem mantém o foco na sua salvação, como o seu bem mais precioso, fará qualquer sacrifício para combater bom combate diariamente. Lutar contra as dúvidas, maus olhos e maus pensamentos, fortalecer sua fé, perdoar seus algozes, manter a consciência limpa e o coração puro, fazer pelos outros aquilo que gostaria que lhe fizessem, deixar de olhar para a situação e viver pela fé. A recompensa já está garantida aos que permanecerem fiéis até o fim. E, para melhorar, quem se dispõe a sacrificar por esse Alvo não estará sozinho. Terá sempre a ajuda dAquele que o chamou.

O sacrifício de Jesus abriu uma oportunidade para todos. Muitos são os chamados por Deus para fazer a diferença neste mundo, mas poucos são os escolhidos para o Seu Reino. Quem tiver a coragem de, pela fé, enfrentar esse combate, será excelente em tudo o que fizer e, quando completar a carreira, receberá o seu prêmio. Um prêmio maior do que qualquer coisa que esse mundo possa oferecer e pelo qual vale a pena qualquer sacrifício.

 

*Texto originalmente publicado na edição 1136 da Folha Universal (clique aqui para ver no portal)

A saga do livro “Use sua mente”

cultura3Escrevi uma resenha-diário de leitura para o blog da Cristiane sobre esse livro e, para poupar caracteres lá, resolvi explicar aqui a epopeia que vivi para conseguir concluir a leitura. Comprei na Livraria Cultura do Bourbon Shopping em uma segunda, comecei a ler na terça e na quarta as páginas já estavam caindo. Já era ruim de ler porque as letrinhas eram pequenininhas demais (cheguei a anotar, durante a leitura: “preferia que as letras fossem maiores, mesmo que o livro tivesse trezentas páginas), mas letrinha pequena e páginas caindo? Era demais para a minha paciência.

Coloquei uma reclamação no Twitter dizendo que a editora Integrare deveria trocar de gráfica e fui respondida pela Luciana Tiba. Ela me atendeu muito bem, me garantiu que a Integrare tem grande preocupação com a qualidade de impressão e que foi culpa de uma gráfica que havia dado problema. Ela se prontificou a me enviar outro exemplar.

Quando o livro chegou, eu levei um choque (sentido figurado, tá? Não era um livro elétrico nem nada assim). O exemplar era completamente diferente do meu, até no tamanho! A editoração foi feita de forma diferente, os cadernos eram costurados e colados. No que eu comprei, as folhas eram unidas por uma cola de baixa qualidade, por isso caíram. Pelo tamanho do que ela me enviou ser maior, as letras também ficam maiores, facilitando a leitura.

Claro, escrevi um e-mail “vanessístico”, beeem detalhado e com fotos, explicando as diferenças entre os dois livros, para saber qual das versões era a padrão. Ainda não recebi resposta, então preciso alertar meus leitores. Fiquem de olho, se não for o livro que tem orelhas, provavelmente é o que se desmonta. Então, a menos que o que se desmonta esteja em uma liquidação bem boa, eu recomendo que procure mais um pouco e compre o com orelhas.  Se o livro estiver embalado com plástico, não hesite em pedir para o vendedor abrir para você conferir.

Dê uma olhada na diferença, para conseguir analisar na loja:

logo.editora

Não, o “i” de “Integrare” não é um pincel. A impressão foi ruim, mesmo.

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O livro menor é o que eu comprei, sem orelha, com impressão ruim e folhas coladas na lombada. O que me foi enviado tem orelha, impressão infinitamente superior, capa fosca e folhas montadas em cadernos costurados e colados

Use sua mente12

 

Compre o livro maior, com orelha e sem a ficha técnica feiosa na quarta capa (abaixo).

Use sua mente10

 

 

UPDATE: Pelo que apurei, existem essas duas versões no mercado. A versão menor e malfeita custa vinte reais. A maior custa quarenta e cinco. Desconfio que não seja uma “versão econômica”, ou o formato seria pocket (e teria qualidade, mesmo sendo menor. O livro não pode se desmontar na mão do leitor, não importa o preço pago…e vinte reais não é “dérreal”)… A razão de eu ter pedido para evitarem o livro menor foi a editora não ter me dito em nenhum momento que existiam duas versões do livro. O que me foi passado é que houve um problema com uma gráfica. Se isso for verdade, o erro foi colocar o livro malfeito nas livrarias a um preço muito menor, para se livrar do estoque. Apesar do conteúdo ter me agradado, me arrependi de indicar o livro. Se tivesse sido informada pela editora ao primeiro contato de que existiam duas versões, uma ruim mais barata e uma boa mais cara, eu não teria indicado, pois vejo nisso um desrespeito com o leitor de menor poder aquisitivo.