Fábrica de crianças

Talvez você possa achar que não leu corretamente o título deste artigo. Sim, você leu corretamente. Na verdade, esse é mais um passo da nossa caminhada para o fim. E nem deveríamos nos espantar. Basta olhar as redes sociais para ver que as pessoas estão agressivas, focadas em suas próprias cobiças e sentimentos. Hoje o comportamento imoral é visto como certo e o certo é visto como algo bobo, sem a menor importância. Os noticiários estão cheios de casos de assassinatos, roubos e golpes de todos os tipos. Valores e princípios têm sido desprezados porque as prioridades se inverteram. Até mesmo os avanços tecnológicos têm servido a essa inversão de valores.

Em 1932, o escritor Aldous Huxley escreveu o livro “Admirável Mundo Novo”, imaginando o futuro a partir de uma visão crítica da sociedade que, já na sua época, estava deslumbrada com avanços tecnocientíficos. Huxley imaginou uma sociedade de classes, em que embriões (futuros seres humanos) seriam formados em laboratório e manipulados geneticamente para realizarem funções pré-definidas. Alguns, feitos para classes privilegiadas, e outros, preparados para os piores trabalhos. Depois, seriam implantados em cápsulas artificiais, de onde nasceriam, como em uma linha de produção de crianças. Agora, a realidade se aproxima da ficção de modo preocupante.

Recentemente, o biotecnólogo Hashem al-Ghaili apresentou ao mundo um vídeo do projeto EctoLife, uma rede de clínicas de gestação artificial (ectogênese). Os contratantes poderão alterar geneticamente os embriões, escolhendo as características físicas e intelectuais de seus futuros bebês, que serão implantados em cápsulas tecnológicas. A tecnologia ainda não foi totalmente desenvolvida nem aprovada, mas al-Ghaili garante que tudo o que apresenta já foi proposto como viável pela ciência, e que estaria disponível para ser implementado em até 15 anos.

A imagem é de uma verdadeira “fábrica de crianças”, com centenas de recipientes ovais e transparentes ligados a equipamentos que os mantêm funcionando, cada um com um feto mergulhado em líquido nutritivo artificial. O contato do bebê com a pessoa que pagou para gerá-lo é feito por meio de aplicativo, como se alguma tecnologia pudesse substituir a interação entre mãe e bebê. As mudanças extraordinárias no corpo da mulher durante a gravidez a preparam para a maternidade. Pesquisas apontam que o cérebro da mãe sofre mudanças significativas durante a gestação, para que ela consiga focar no bebê e estabelecer com ele um vínculo que ninguém é capaz de explicar — e que é essencial para o desenvolvimento emocional da criança. Nisto se vê a ação do Criador.

Como garantir a integridade psicológica de pessoas gestadas sem mães? O ser humano é uma máquina que pode ser substituída por outra? O aumento da inteligência e de talentos do embrião por engenharia genética, para quem pode pagar, não pioraria absurdamente o abismo social entre os seres humanos? E quem pode garantir que a tecnologia não seria usada para fins nada nobres, como formação de exércitos, tráfico de pessoas ou tráfico de órgãos? Enquanto alguns levantam esses e outros questionamentos, outros comemoram a ideia como “avanço da ciência”.

Quando deixa de lado os princípios éticos aprendidos para fazer o que acha e o que tão somente pensa, o ser humano perde o que tem de melhor, porque exclui dessa equação o próprio Deus. Por isso o que vem acontecendo nesse mundo tem chocado a muitos, ou seja, esses supostos “avanços” atropelam até o velho bom senso. Porém, a tendência é piorar. Isso quem diz não é Aldous Huxley, mas a Bíblia. Ela prevê que nos últimos dias as pessoas seriam desafeiçoadas, amigas dos prazeres e inimigas de Deus, exatamente como se vê hoje. A boa notícia é que, quanto mais o mundo caminha para o cumprimento das profecias, mais perto está o dia do fim.

Quem quer fazer o certo, está se tornando exceção, e deve aprender a gostar de ser diferente, focando na eternidade. Não se permitir abater com a degradação moral deste mundo, mas manter firmes os seus valores e a convicção de que o certo continua sendo certo, mesmo quando a maioria escolhe o errado. E que vale a pena andar no caminho reto e influenciar os sinceros que estão ao seu redor, ainda que sejam poucos. A verdadeira resistência nesses tempos sombrios. Vale a pena focar em ser a fonte de luz que aponta o caminho para quem quer sair das trevas.

BISPO MACEDO DEU SERMÃO HOMOFÓBICO?

O UOL, veículo campeão de fake news e notícias tendenciosas contra a Igreja Universal, somou à sua invencibilidade mais uma no fim de semana. Conseguiu transformar um momento familiar e de amor ao próximo em uma suposta polêmica de homofobia.

Desta vez, o ataque veio por meio do site “Notícias da TV”, de Daniel Castro, braço do portal UOL dedicado a fofocas sobre televisão.

O texto “Edir Macedo compara gay a bandido em sermão homofóbico na Record”, escrito sobre uma frase fora de contexto, tenta emplacar a narrativa de que a mensagem de natal do Bispo Macedo foi um “sermão homofóbico”, o que é mentira. Aparentemente, o jornalista nem assistiu à mensagem, pois diz que “Macedo lia uma passagem bíblica sobre a importância da união familiar quando decidiu abordar a questão dos pecados do mundo”. Isso está bem longe do que passou na Record às 18h do dia 24 de dezembro. Em nenhum momento o Bispo leu passagem bíblica sobre a importância da união familiar. O assunto da mensagem não era esse. Era, sim, o cuidado que Deus tem com os excluídos da sociedade, especialmente os presidiários, a quem ele dirigiu a palavra.

Logo no início, o público conheceu o testemunho de Carlos Eduardo. Abandonado pelos pais, cresceu na rua, viveu no crime e, quando conheceu a Deus, teve sua vida e seu caráter transformados, sendo hoje um membro produtivo da sociedade. Após passar quinze anos morando na rua e onze anos preso, ele hoje tem seu nome limpo e sua dignidade restaurada. História extraordinária, com provas (uma matéria jornalística antiga mostra uma das prisões de Carlos, mais novo e mais magro), ignorada pelo UOL.

Em seguida, o Bispo voltou ao vivo, lendo uma passagem bíblica que mostra que Jesus escolhe os excluídos da sociedade. E garantiu que a pessoa pode mudar de vida, ainda que esteja presa e não tenha acesso a uma igreja. Desde que fale com Deus. Mesmo que esteja com a consciência pesada pelo que fez, Deus conhece seus porquês.

Então, disse a fala que foi distorcida pela matéria: “Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual, lésbica, ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito, com a sua inocência. Porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo. Mas o Senhor Jesus está com todos aqueles que estão nessa situação de exclusão. Ele está aí com você”. Depois, convidou a fazer uma oração sincera para Deus, com suas próprias palavras, um juramento: “‘Se o Senhor existe, mesmo, me dê uma chance. Se o senhor me der uma chance eu vou Te seguir e Te servir pelo resto da minha vida’. […] Se você fizer isso com sinceridade, Ele vai tirar a culpa que está sobre os seus ombros e vai libertar você, porque Ele veio para os excluídos”.

O contexto era de que ninguém nasce destinado a fazer ou ser algo, mas pode fazer suas escolhas e mudar de vida, ainda que, ao longo dela, tenha escolhido o que lhe trouxe sofrimento. Como o Carlos, que entrou no mundo do crime por escolhas erradas, movido pelo abandono, desprezo e miséria que sofreu desde a infância. Uma mensagem de esperança, que mostra a transformação que ninguém mais é capaz de fazer. Prova de que Deus age na vida daqueles que se entregam a Ele. E se Ele pôde fazer tudo isso, restaurar a dignidade, bondade e alegria de alguém que parecia irremediavelmente destinado à destruição, o que não pode fazer na vida dos que assistiam àquela programação, dos desprezados deste mundo?

Essa é a mensagem da Bíblia, perfeitamente adequada a uma mensagem de Natal. Discurso que contraria a narrativa dos contaminados pelas ideologias deste mundo, que ouvem um programa desses e só conseguem ver um preconceito que não existe. Ao colocar o foco em questões que sequer foram abordadas no programa, deixam evidente que não se importam com os excluídos. O desejo de encontrar alguma coisa para criticar a mensagem cristã lhes cega os olhos até mesmo para a verdadeira notícia, que merecia nota especial: o dono de uma emissora de TV aberta direcionar uma mensagem de Natal aos presidiários, que geralmente passam a data sozinhos, sem família, desprezados e acreditando não terem mais salvação. Quantas vezes isso já aconteceu?

Esse tipo de anomalia jornalística do UOL tem o objetivo de contaminar os leitores com seu preconceito, emplacando uma narrativa que autorize o poder público a agir contra a mensagem cristã nos meios de comunicação. A meta é encontrar alguma forma de criminalizar o discurso cristão, como um todo, ainda que, para isso, tenha que ignorar uma mensagem de esperança aos sofridos, aos excluídos que eles tanto dizem defender.

Quem assistiu, sabe que não houve ódio na fala do Bispo Edir Macedo. E quem leu a matéria do UOL (ou em outro canal de notícias que preguiçosamente apenas copiou e colou), também sabe que o ódio veio sim — desse portal que não poupa nem a data natalina para derramar seu preconceito contra a Universal e os cristãos em geral.

Assista na íntegra a cerimônia:

Publicado originalmente no portal universal.org