Sete anos

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Então, ontem fizemos sete anos de casados. Passa rápido. E parece que foi ontem. Parece que foi sempre. Tenho plena consciência de que passarei o ano inteiro torcendo para que o aniversário de oito anos chegue logo, pois pessoas extremamente criativas adoram fazer brincadeirinhas sobre a imaginária “crise dos sete anos”. Isso “non ecziste”, minha gente.

Ainda estamos metade em São Paulo, metade em Porto Alegre. Ele é a metade em Porto Alegre, e eu, em São Paulo. Mas ele vem, graças a Deus, ao Smiles e à Gol, nessa ordem. Smiles resolveu fazer promoções amigas e ele conseguiu passagens jamais imaginadas. Veio, foi, veio, foi…ontem ele estava aqui e comemoramos o aniversário indo ao cinema para assistir X-Men Primeira Classe. Ok, isso não parece muito romântico, mas – como ele mesmo disse – é a nossa cara. Entre as opções que tínhamos, foi melhor do que ver Kung Fu Panda 2, admita. Depois eu faço uma resenha do filme, por falar nisso.

Nossa comemoração foi regada a suco de maçã – também a nossa cara. Atividades neuróbicas, como conhecer um novo shopping, ou nada neuróbicas, como tomar café da manhã na padaria de sempre, marcaram nosso dia. Dia só nosso, que Deus nos deu.

Hoje a vida continuou no ritmo em que ela está, atualmente. Dave voltou para Porto Alegre, eu voltei ao trabalho, ambos com a certeza de que em breve estaremos fisicamente juntos o tempo inteiro, pois nossa mente e nosso coração não se separam em nenhum momento. Por isso eu não sofro, nem ele. Não estamos longe, estamos apenas fisicamente afastados, mas a conexão que estabelecemos há quase oito anos e que se transformou em pacto, em aliança, há exatos sete anos, jamais se rompe, pois foi alicerçada no Criador de todas as coisas. E nunca isso foi tão claro quanto neste ano.

O amor jamais acaba.

O amor descrito em I Coríntios 13 não é um sentimento, é uma escolha, uma decisão. Isso faz toda a diferença.

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Notinhas

Ainda não posso relatar detalhes de minha experiência ao público, mas estou anotando tudo para revelar em momento oportuno…risos…só posso adiantar que consegui alugar um apartamento e estou na expectativa de receber as chaves…oh, céus. Detalhes dessa expedição, só depois que as chaves estiverem em meu poder…risos…

Estou em outro hotel, e neste há formiguinhas minúsculas, quase invisíveis, alucinadas e neuróticas, correm de um lado para outro fazendo com que você acredite que viu um micro-vulto. Tentei fazer um acordo com elas: coloquei um pedacinho de pão torrado em um cantinho do quarto, para que elas me deixassem em paz. Funcionou, por um tempo. Agora elas voltaram para me perguntar se não tinha nada melhor a oferecer.

No extremo oposto ao das formiguinhas minúsculas e praticamente invisíveis, São Paulo é uma cidade de macro. Tudo é maiúsculo, grande, espaçoso, tudo é coletivo, aumentativo, superlativo…coisas acontecendo o tempo inteiro, distâncias gigantescas encurtadas pela vontade de se chegar ao outro lado…

Tenho me dedicado ao trabalho em tempo quase integral (o tempo que sobra eu vejo as questões do apartamento e mudança) e não consigo me comunicar direito com as pessoas. Acabo respondendo a uma pergunta no facebook, outra no email, escrevendo algo no Twitter…para não parecer que sumi de vez. Conta pontos a meu favor o fato de eu escrever muito rápido. Um post desse tamanho, por exemplo, não me toma três minutos. Mas penso seriamente na possibilidade de fazer posts curtinhos, concentrar tudo no blog. O que eu escreveria no twitter, o comentário que faria no facebook… me agrada mais, por ser menos…volátil.

Estranho vai ser para quem está habituado a ler longos textos por aqui. E desculpem por eu estar puxando o blog novamente para uma coisa pessoal, umbiguista, que eu não queria mais fazer. É só uma fase, só uma fase…

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