Esta foi a promessa da serpente para Eva. Até então, os olhos humanos eram puros. Olhos que não conheciam o mal. Mas aquela proposta indecente, que chegou a Eva pelos ouvidos, contaminou seus olhos. Ela olhou para a mesma árvore de todos os dias, mas agora, o que viu foi diferente…
E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. (Gênesis 3.6-7)
O diabo distorceu a visão do ser humano. Toda a propaganda que ele fez daquele fruto se provou falsa. Os olhos foram abertos sim, mas para o mal e o engano, e não para a verdade. O fruto, que parecia tão desejável para dar entendimento, trouxe a infecção dos maus olhos, que, até hoje, atrapalha o entendimento humano. Principalmente, para as coisas de Deus.
Muitos são os que começam bem na fé, têm a pureza no olhar para com as coisas sagradas… No primeiro amor, trabalham com sinceridade. Mas, aos poucos, permitem que palavras da serpente semeiem a malícia, distorcendo toda a realidade ao seu redor.
Enganados pelo mal, acham que seus olhos foram abertos, mas a infecção maligna se prepara para lançar a sua vida nas trevas.
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
(Mateus 6.22-23)
Decidir limpar os olhos, e se submeter ao tratamento da obediência à verdade, sacrificando toda malícia, é necessário para restaurar os bons olhos e voltar à pureza da fé.
Aproveite a oportunidade que o Espírito Santo dá a você hoje para, por meio de uma decisão, trazer seu corpo, sua alma e toda a sua vida de volta à luz…
De volta ao paraíso.
PS. Este texto é do vídeo “Pureza dos olhos”, e fala de um erro que é muito comum e que nem sempre as pessoas percebem que estão cometendo. Porque depois de infectadas, têm muito a impressão de que o que elas estão vendo é a verdade. Mas não é.
PS2. Resolvi colocar no blog alguns textos dos vídeos, porque são assuntos importantes, em que gostaria que vocês meditassem, e sei lá se todo mundo viu os vídeos. Se não viu, aconselho que veja. O link está logo abaixo:
*Texto escrito para o vídeo “Pureza dos olhos”, da Caminhada da Fé de 14.11.2023. Clique aqui para assistir.
Grande lançamento de 2023, terror psicológico cristão surpreende ao revelar as estratégias do mal
O filme Nefarious tem gerado grande curiosidade no Brasil e no mundo. E como vai entrar no catálogo do Univer a partir do dia 9 de dezembro, muita gente quer saber se vale a pena assistir. Com direção e roteiro de Chuck Konzelman e Cary Solomon, o filme é baseado no romance A Nefarious Plot, de Steve Deace. Um psiquiatra, Dr. James Martin, é chamado para avaliar a saúde mental de Edward Brady, um serial killer que está no corredor da morte, com execução marcada para aquela noite. Seu objetivo é saber se o homem tem alguma doença mental que o impeça de ser executado. A hipótese diagnóstica dada pelo psiquiatra anterior é transtorno dissociativo de personalidade (antigamente conhecido como múltiplas personalidades). Um laudo definitivo impediria a execução.
Edward afirma que é um demônio e que seu nome é Nefarious. Mesmo sendo ateu e não acreditando que está falando com uma entidade espiritual, o psiquiatra embarca na conversa e tenta analisar o estado mental de Edward conversando com Nefarious. O demônio, por outro lado, parece estar no controle da situação, querendo se livrar logo de Edward e cooptar James para um plano maior.
O filme é centrado no diálogo entre os dois. Lembra um pouco a ideia do livro Cartas de um diabo a seu aprendiz, de C. S. Lewis, no sentido de revelar as estratégias do mal sob o ponto de vista de um demônio, o que joga uma luz diferente sobre o nosso dia a dia. Por exemplo, em certo ponto, Nefarious explica a James que a possessão demoníaca é um processo, e isso nos revela muito sobre o trabalho do mal sobre os pensamentos, tentando manipular vontade, ações e reações humanas. Ele diz que para entrar na vida de alguém, precisa que a pessoa abra pequenas concessões para que ele ganhe direitos sobre ela.
Só precisa dizer “sim” às sugestões que ele der. E isso é bíblico. Quando a pessoa obedece à voz do mal, ela automaticamente se afasta de Deus. Não importa o tamanho da obediência. Não se pode servir a dois senhores. Se você diz sim para um, estará obrigatoriamente dizendo não para o outro.
A ficha de Edward o descreve como um grande manipulador, mas quando o verdadeiro Edward conversa com o médico, vemos um homem quebrado e confuso, com a mente embotada e totalmente oprimido pela personalidade de Nefarious. É realmente o que aconteceria a alguém que permitisse total acesso da sua mente ao mal — o verdadeiro manipulador.
Uma coisa, no entanto, me trouxe profunda angústia. Tive muita vontade de atravessar a tela, colocar a mão na cabeça de Edward e, usando o nome de Jesus, expulsar aquele demônio. Que agonia assistir Edward sendo torturado e usado daquela forma! E isso me levou a ver claramente a importância do trabalho espiritual feito pela igreja nos presídios.
O que Nefarious faz com Edward no filme é um pouco do que o mal quer fazer com todo mundo. Mas imagina, alguém trancado em uma cela 24 horas, em um lugar infestado de demônios, sem acesso ao mundo externo, sem ter quem ore por ele, sem uma Bíblia… que chance pode ter? E se o principal responsável pelo mal e pelas escolhas erradas que as pessoas fazem é um ser que não morre, de que adianta querer que as pessoas usadas por ele morram? Como saber quem Edward seria sem Nefarious?
Uma das maiores qualidades do longa é tratar do tema de uma forma o menos religiosa possível. A palavra “demônio” evoca imediatamente uma imagem religiosa, mas se esses seres existem, eles não têm a ver com religião, e sim com a realidade. Não acreditar em algo que existe, não faz com que deixe de existir. Só faz com que não saiba como se defender.
Na minha opinião, Nefarious não é sobre possessão demoníaca, é sobre a ação do mal na sociedade, sobre guerra espiritual e sobre o principal campo de batalha dessa guerra: a mente humana. E mesmo que você não acredite, seria interessante pensar: “e se fosse verdade… faria sentido?”. E sim, faz.
Não é um filme de terror — gritaram alguns críticos. Como não? Um filme que se passa inteiro na entrevista a um demônio, ou seja, a um ser exclusivamente maligno, é puro terror. Tudo o que existe de pior neste mundo, vem dessas criaturas.
O problema é que você se dá conta de que, se Nefarious é um filme de terror, a vida humana nesta terra infestada de demônios também é. E não tem muito o que possamos fazer além de, ainda nesta vida, fazer a escolha certa para sair dos domínios do mal, para que Deus possa nos defender. É a única forma de garantir que passaremos a eternidade bem longe de qualquer coisa parecida com o que Nefarious e seus comparsas fizeram por aqui.
Há muito tempo eu não via um filme tão inteligente. Mesmo sendo cristão, o filme tem o cuidado de usar uma linguagem compreensível a quem não é, e de não estereotipar o pensamento contrário (embora possa irritar a alguns militantes mais radicais). Mas escancara a verdade. Vale muito a pena ver. Aproveite que vai estar no streaming e assista duas, três vezes, prestando atenção aos detalhes. Garanto que vai abrir seu entendimento.